Diante do aumento de casos e mortes pelo vírus H1N1 em Minas, especialistas recomendam buscar atendimento assim que surgirem sintomas e reforçam necessidade de prevenção
Febre, mal-estar, dor de garganta, tosse e coriza não devem ser menosprezados nesta época do ano. Com o aumento do número de mortes pelo vírus H1N1 em Minas Gerais, que subiu de 42 para 67 em uma semana, a recomendação é procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. “Agora é a temporada de pensar no influenza e o médico deve avaliar se o paciente precisa tomar o remédio. Gripe tem tratamento”, pontua a gerente de Vigilância em Saúde e Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Maria Tereza da Costa Oliveira.
Entre os casos registrados desde maio, o que se observa é a predominância do vírus H1N1, apontado como responsável por mais de 90% das internações. De acordo com Maria Tereza, esperava-se uma maior circulação do H3N2, que esteve mais presente no ano passado no Brasil e deixou cidades da América do Norte em alerta. Apesar da surpresa, não há mudança no tratamento. Qualquer paciente pode ter acesso aos medicamentos disponíveis na rede pública, desde que seja com prescrição médica.
Para que o vírus H1N1 não consiga circular com tanta facilidade, o infectologista do Hospital Eduardo de Menezes Ricardo Luiz Fontes Moreira orienta os pacientes a barrar tosse ou espirro com o braço, em vez de usar a mão. Se estiver em um centro de saúde, utilize um papel-toalha ou qualquer outro material descartável. O que está proibido é usar lenço de pano, pois o vírus continua a ser transmitido por mais tempo. Moreira destaca que é sempre necessário cobrir o nariz e a boca para não espalhar partículas para todo lado. Os pacientes também devem se lembrar, sempre que possível, de lavar as mãos com água e sabão ou álcool, podendo ser gel ou líquido a 70%.
TRANSMISSÃO
Para quem não está com sintomas, o mais importante é evitar o contato com o influenza. Mesmo no frio, o infectologista orienta a população a ficar em ambientes abertos. “Em locais fechados, com maior acúmulo de pessoas e menor circulação de ar, a possibilidade de transmissão cruzada aumenta”, informa. Além disso, como o vírus da gripe costuma sofrer mutações, o especialista recomenda a imunização periódica, pois a formulação da vacina é alterada anualmente para se adequar aos vírus mais prevalentes no país no ano anterior. Moreira esclarece que o H1N1 é o mesmo desde 2010, mas ele acredita que tomar outra dose vale como reforço e para se prevenir das outras duas sepas, que mudaram ao longo dos anos. A rede pública continua a vacinar gestantes, mulheres logo depois do parto e crianças entre seis meses e dois anos. Na rede privada, há vacina disponível para todas as idades.
Segundo o infectologista, o vírus da gripe não alcança longas distâncias. Geralmente, o influenza oferece risco apenas para as pessoas que estão a menos de um metro do infectado, mas o problema é que a transmissão não ocorre exclusivamente pelo ar. Os perdigotos podem se depositar em uma superfície ou no chão e sobreviver até cinco minutos, tempo suficiente para a contaminação.
Dicas
Fonte: Ricardo Luiz Fontes Moreira, infectologista
Entre os casos registrados desde maio, o que se observa é a predominância do vírus H1N1, apontado como responsável por mais de 90% das internações. De acordo com Maria Tereza, esperava-se uma maior circulação do H3N2, que esteve mais presente no ano passado no Brasil e deixou cidades da América do Norte em alerta. Apesar da surpresa, não há mudança no tratamento. Qualquer paciente pode ter acesso aos medicamentos disponíveis na rede pública, desde que seja com prescrição médica.
Para que o vírus H1N1 não consiga circular com tanta facilidade, o infectologista do Hospital Eduardo de Menezes Ricardo Luiz Fontes Moreira orienta os pacientes a barrar tosse ou espirro com o braço, em vez de usar a mão. Se estiver em um centro de saúde, utilize um papel-toalha ou qualquer outro material descartável. O que está proibido é usar lenço de pano, pois o vírus continua a ser transmitido por mais tempo. Moreira destaca que é sempre necessário cobrir o nariz e a boca para não espalhar partículas para todo lado. Os pacientes também devem se lembrar, sempre que possível, de lavar as mãos com água e sabão ou álcool, podendo ser gel ou líquido a 70%.
TRANSMISSÃO
Para quem não está com sintomas, o mais importante é evitar o contato com o influenza. Mesmo no frio, o infectologista orienta a população a ficar em ambientes abertos. “Em locais fechados, com maior acúmulo de pessoas e menor circulação de ar, a possibilidade de transmissão cruzada aumenta”, informa. Além disso, como o vírus da gripe costuma sofrer mutações, o especialista recomenda a imunização periódica, pois a formulação da vacina é alterada anualmente para se adequar aos vírus mais prevalentes no país no ano anterior. Moreira esclarece que o H1N1 é o mesmo desde 2010, mas ele acredita que tomar outra dose vale como reforço e para se prevenir das outras duas sepas, que mudaram ao longo dos anos. A rede pública continua a vacinar gestantes, mulheres logo depois do parto e crianças entre seis meses e dois anos. Na rede privada, há vacina disponível para todas as idades.
Segundo o infectologista, o vírus da gripe não alcança longas distâncias. Geralmente, o influenza oferece risco apenas para as pessoas que estão a menos de um metro do infectado, mas o problema é que a transmissão não ocorre exclusivamente pelo ar. Os perdigotos podem se depositar em uma superfície ou no chão e sobreviver até cinco minutos, tempo suficiente para a contaminação.
Dicas
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool
- Sempre que possível, permanecer em ambientes abertos para evitar a contaminação
- Evitar o contato com pessoas doentes
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e outros objetos de uso pessoal
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável
- Procurar orientação médica logo que surgirem os sintomas para iniciar o tratamento o mais rapidamente possível
- Tomar cuidado para não encostar a mão em uma superfície contaminada por partículas do vírus
Fonte: Ricardo Luiz Fontes Moreira, infectologista
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